DUQUE DE CAXIAS - TEMPLO MAÇÔNICO

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DUQUE DE CAXIAS

DUQUE DE CAXIAS



                        Anualmente no dia 25 de agosto a Maçonaria Brasileira reverencia a memória do Grão-Mestre Honorário do Grande Oriente do Brasil, 5o Soberano Grande Comendador do Supremo Conselho do Brasil para o Rito Escocês Antigo e Aceito e Patrono do Exército Brasileiro, Marechal-de-Campo LUIZ ALVES DE LIMA E SILVA, Barão, Conde, Visconde, Marquês e Duque de Caxias.
                        Nascido à 25 de agosto de 1803, na Fazenda de São Paulo, Vila do Porto da Estrela, na Província de São Sebastião do Rio de Janeiro, filho do Marechal-de-Campo Francisco de Lima e Silva e de Dona Mariana Cândida de Oliveira Belo, Luiz Alves de Lima e Silva cedo demonstrou sua inclinação para as atividades militares, certamente herdada de sua família, de grandes e notáveis oficiais superiores.
                        Aos cinco anos iniciou sua carreira militar ao receber a estrela de Cadete, aos quatorze matriculou-se na Academia Real Militar, onde se formou aos dezoito, indo servir no Primeiro Batalhão de Fuzileiros, uma unidade de elite do Exército Real, como Alferes.
                        Dedicado, competente e patriota, em sua vida militar, vai de Alferes a Marechal-de-Campo, Comandante-em-Chefe das Forças de Operações na Guerra contra o Paraguai, galgando ainda o cargo de Ministro da Guerra.
                        Além de sua excepcional carreira militar, Luiz Alves de Lima e Silva destacou-se na vida política, tendo ocupado vários cargos legislativos (Senador e Deputado) e executivos (Presidente e Vice-Presidente de Províncias, Conselheiro e Presidente do Conselho de Ministros) no cenário político nacional.
                        Quanto a vida maçônica desse grande brasileiro, supõe-se que tenha sido iniciado, entre 30 de junho de 1841 e 17 de maio de 1842, na Loja Maçônica São Pedro de Alcântara, uma das Lojas do Grande Oriente Brasileiro do Passeio, do qual seu ex-comandante e amigo, o Conde de Lages, era o Grão-Mestre. Existe também a hipótese de sua iniciação ter ocorrido entre 01 de setembro de 1845 e 15 de junho de 1851, quando seu tio José Joaquim de Lima e Silva, Visconde de Magé, era o Grande Chanceler do Grande Oriente Brasileiro, no grão-mestrado do Senador Vergueiro.
                        Em 20 de março de 1847, o Conde de Lages, já no fim de sua vida dedicada a Maçonaria, teria nomeado o então Conde de Caxias, Grau 33, para o cargo de Lugar Tenente Comendador do Supremo Conselho do Brasil de Montezuma, em substituição ao Ir.'. Araújo Viana, Marquês de Sapucaí, com a finalidade de que Luiz Alves de Lima e Silva reorganizasse e restabelecesse a ordem naquele Alto Corpo, desorganizado pela prolongada doença do Conde de Lages, então 4o Soberano Grande Comendador daquele Supremo Conselho.
                        Em 22 de março de 1847, a fim de reestruturar e reorganizar o Grande Oriente que dava sustentação ao Supremo Conselho, teria o Conde de Caxias fundado um novo Grande Oriente, denominado Grande Oriente de Caxias, que foi composto inicialmente pelas Lojas Vinte e Três de Julho e Dous de Dezembro, às quais se juntaram, posteriormente, as Lojas União Escocesa e Triunfo do Brasil.
                        Em 09 de abril de 1847, teria o Conde de Caxias tomado posse na qualidade de 5o Soberano Grande Comendador do Supremo Conselho do Brasil para o Rito Escocês Antigo e Aceito, legitimamente denominado de Supremo Conselho de Montezuma, e Grão-Mestre do Grande Oriente de Caxias, com o passamento ao Oriente Eterno, em 01 de abril, do Marquês de Lages, 4o Soberano Grande Comendador.
                        Em 17 de julho de 1849, através do documento que se encontra no Museu do Grande Oriente do Brasil, assinado pelo Conde de Caxias e pelo Grande Secretário do Sacro Império, Ir.'. Dr. Antônio José de Araújo, o Conde de Caxias autoriza o Conselheiro João Fernandes Tavares, Visconde de Ponte Ferreira, a tratar com o Senador Araújo Viana, Marquês de Sapucaí, da fusão do Supremo Conselho de Montezuma e do Grande Oriente de Caxias com o Grande Oriente do Brasil.
                        Em 1852, graças ao grandioso espírito pacificador de Luiz Alves de Lima e Silva, acontecia a unificação do Supremo Conselho de Montezuma, fundado em 12 de novembro de 1832, e do Grande Oriente de Caxias com o Grande Oriente do Brasil, fundidos os Corpos Simbólicos e Filosóficos, continuou no primeiro malhete do Grande Oriente do Brasil o Marquês de Abrantes, sendo o Conde de Caxias proclamado Grão-Mestre Honorário do Grande Oriente do Brasil, já que até 1854 continuou exercendo o cargo de Soberano Grande Comendador do Supremo Conselho do Brasil para o Rito Escocês Antigo e Aceito (Supremo Conselho de Montezuma).
                        Em 1869, o então Duque de Caxias, que continuava ativo no Grande Oriente do Brasil, fiel ao seu juramento maçônico, recebeu a missão de representar o Supremo Conselho da Inglaterra junto ao Grande Oriente do Brasil, missão que desempenhou até sua passagem ao Oriente Eterno.
                        Em 07 de maio de 1880, passou para o Oriente Eterno o Grão-Mestre Honorário do Grande Oriente do Brasil, 5o Soberano Grande Comendador do Supremo Conselho do Brasil para o Rito Escocês Antigo e Aceito (Montezuma), Marechal-de-Campo Luiz Alves de Lima e Silva, Duque de Caxias, Patrono do Exército Brasileiro.
                        Podem os IIr.'. assim observar que o grande Pacificador, que fundava Triângulos Maçônicos, para acabar com revoltas, transformando inimigos em amigos pelo Amor Fraternal, em paralelo a sua vida posta a serviço da Pátria, onde se destacou como o maior vulto do Exército Brasileiro, também desempenhou na Maçonaria o papel de Pacificador, daí a justa homenagem do seu título na Maçonaria de O PACIFICADOR.
  Eduardo Gomes de Souza
            "A significação maior do culto que o Brasil, tanto pelas suas forças armadas como pelas suas populações civis, rende a Caxias está em que ele nunca utilizou a sua espada para agredir; usou-a apenas para defender. Esteve a serviço da nação unicamente para resguarda-la. Jamais para comprometê-la."
OSVALDO ORICO  in  "Homens da América".

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