A Águia Bicéfala de Lagash - TEMPLO MAÇÔNICO

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A Águia Bicéfala de Lagash


A Águia Bicéfala de Lagash


Pesquisa Ir.: Jaime Balbino de Oliveira

A Águia Bicéfala é uma variação da poderosa imagem descrita em documentos achados
cerca de 3000 A.C.
A Arte Real (Maçonaria) é uma Ordem antiga que promulga seu sistema de moral através
de alegorias, sinais e símbolos. Alguns símbolos adquiriram tal vigor que até o não
iniciado sabe que o mesmo refere-se à maçonaria. O esquadro e o compasso são
exemplos. Pessoas com um pouco de cultura os reconhecem como símbolo da
maçonaria. Não sabem e só o iniciado sabe que pela disposição dos mesmos existe um
significado intrínseco. A águia bicéfala esta em um outro patamar, onde somente os mais
atentos percebem quando ela é símbolo maçônico. Muito se tem escrito sobre ela,
porém quando são feitas específicas perguntas, as respostas são curtas e não precisas,
Atualmente estamos em melhor situação porque temos uma mudança na pesquisa
maçônica, gerada pelo crescimento das comunicações com acesso a fontes e facilidade
na troca de informações.
No Freemasons' Guide and Compendium de Bernard E. Jones edição revisada de
1956 e reimpressão de 1970 às páginas 324/325 têm o seguinte texto, o qual é similar ao de
inúmeras enciclopédias, que diz: "W.J.Chetwode Crawley lembra-nos que nas fundações de
um templo construído cerca de 3000 AC. – isto é, cerca de 2000 anos antes da construção
do Templo de Salomão – foram encontradas duas placas de Terracota contendo inscrições
as quais detalhavam como a construção havia sido ordenada e iniciada. Estas placas foram
ali depositadas quando do lançamento da pedra fundamental do templo por Gudea,
governador de Lagash na Babilônia. As inscrições dos cilindros impressas em placa de
Terracota incluíam um esboço de um" pássaro da tormenta "o qual era representado por
uma águia com duas cabeças, hoje usada como símbolo do Rito Escocês Antigo e Aceito.
Encontrado perto do sítio onde estava o templo em referência foi também encontrada uma
fina estátua de Gudea , ..." As enciclopédias maçônicas de Coil e Mackey apresentam um
texto semelhante e provavelmente foram usados como fonte por Bernard Jones. A cidade de
Lagash esta situada ao sudoeste da Babilônia, entre os rios Tibre e Eufrates perto da
moderna cidade de Shatra no Iraque, ela era um antigo centro de artes, da literatura e
militar, com imensa força política. Dos sumerianos este símbolo passou para o povo de
Akkad. Posteriormente foi usado por muitas tribos e grupos de nações. Sabe-se que Marius,
Cônsul Romano, em 102 AC. por decreto indicou a águia bicéfala como símbolo da Roma
Imperial. O Dr. Albert Merz, 33º, afirma em artigo publicado no NEW AGE (Scottish Rite
Journal) de março de 1959 que O Sagrado Império Romano em 1414 AC. tinha a águia
bicéfala em seus selos, ela simbolizava a unidade e universalidade do Império.
Nos compêndios de heráldica encontramos a águia bicéfala e acreditamos que como
resultado da presença dos cruzados no Oriente, trazida como símbolo para os Imperadores
do Oriente e do Ocidente, cujos sucessores foram nos últimos tempos, os Habsburgos e os
Romanovs, em cujas moedas ela aparece sistematicamente, sendo copiado pela maioria
das "Cidades Livres da Europa", principalmente as da Alemanha, e como emblema no
Império Oriental da união de Bizâncio com Constantino. Podemos encontra-la em alto relevo
na porta principal da Igreja Ortodoxa Oriental na cidade de São Paulo.
É provável que a águia bicéfala tenha sido usada como símbolo maçônico desde o
12º século. Já as evidências disponíveis indicam ter sido ela usada pela maçonaria em 1758,
após a criação do Conselho de Imperadores do Oriente e do Ocidente em Paris. Era parte
do Rito de Perfeição, do antigo Rito dos vinte e cinco graus, evoluindo em grande parte para
o sistema Escocês. Não existe duvida relativa ao uso da águia bicéfala pelo Supremo
Conselho, 33º, Jurisdição Sul dos USA desde 1801.
Os sucessores do Conselho de Imperadores do Ocidente e Oriente, são os vários Supremos
Conselhos do Grau 33º espalhados pelo mundo, que herdaram a insígnia do emblema
pessoal de Frederico o Grande, considerado como o primeiro Soberano Grande
Comendador do Rito Escocês Antigo e Aceito, conferindo ao Rito o direito de usa-la em
1786. (Sic.) simultaneamente adotou (acrescentou) mais sete graus (Aceitos) aos vinte e
cinco conhecidos (Antigos), chegando-se então a trinta e dois graus Antigos e Aceitos. A
esses graus foi acrescentado o Grau governativo do Rito de número trinta e três.
Observa-se que os Supremos Conselhos que tinham laços com a grande Loja da
Inglaterra têm em seus selos a águia com as asas para cima, conquanto os supremos
conselhos que tinham laços com a Grande Loja da França, têm em seus selos a águia com
as asas voltadas para baixo. Existe este padrão, seja ele intencional ou não.
O fato de a águia estar representada com as asas abertas para cima ou para baixo é
uma questão diretamente relacionada ao desenho do selo por um Supremo Conselho em
particular, como resultante do gosto artístico de cada povo, preferindo uns o estilo clássico
copiando a natureza, enquanto outros dão preferência à representação marcial. A Águia
Bicéfala de Lagash é o mais antigo emblema do mundo e nenhuma outra figura pode
gabar-se desta antigüidade.
Como símbolo do Rito escocês Antigo e Aceito a Águia Bicéfala de Lagash tem suas
asas abertas e coroada (encimada) pela coroa da Prússia. Suas garras estão pousadas em
uma espada desembainhada que tem uma fita como ornamento serpenteando-a desde seu
punho até a extremidade da lamina contendo a divisa:
" DEUS MEUMQUE JUS " - (DEUS E O MEU DIREITO)
CONCLUSÃO: Uma característica marcante da maçonaria é o uso de símbolos da
humanidade para ilustrar e transmitir seus ensinamentos. O uso da águia demonstra a
habilidade de seus condutores quanto ao manejo da Arte do uso de símbolos para mostrar o
caminho justo e reto ao seu obreiro